07/10/2009

GESTÃO - Sucesso econômico versus aprendizado


Estes dias estive lendo o livro do Arie de Geus, A Empresa Viva.
Não houve como não relacioar as questões que mais têm influenciado as organizações nos tempos de digitalização da economia.

Se voltarmos um pouco no tempo, década de 50, quando o mundo corporativo sofreu uma grande guinada, principalmente no que concerne a importância do capital que começa a ser direcionada para o conhecimento, vamos observar que o conceito de empresa, definida pela sua capacidade de produzir bens para pessoas que estivessm dispostas a adquirir por determinado preço e, para isso esta empresa estabelecia um trinômio de fatores produtivos relacionados a trabalho, capital e terra. A combinação ideal destes fatores deveria remunerar o acionista, de maneira que os  custos deveriam ser o mínimo, os preços de venda ser os mais elevados possível e, a diferença entre ambos representaria a maximização dos lucros. Assim, o sucesso de uma organização, ou seja, ser bem sucedido, ou mal sucedido, fica em uma visão bastante clara.Uma visão simplista do processo, mas que ilustra o cenário.
Muito bem, no trinômio que citamos, todos são substituíveis, por exemplo, o trabalho pelo capital.
Este tipo de abstração nos permite direcionar a conversa para um novo patamar, até porque trabalho não é sinônimo de pessoas (que os digam os defensores da robótica). Assim, a ênfase no lucro, e a maximização (que agora situa-se no "valor", não em lucro), ignorou fatores fundamentais que passaram a agir fortemente sobre a empresa e comprometendo a sua perspectiva desobrevivência : a mudança para o conhecimento como um dos grandes ativos e a adaptação aos padrões de tempo de mudança.
Para enfrentar este novo mundo digital, de mudanças constantes, rápidas e, muitas vezes, radicais, a palavra de ordem é adaptação e conhecimento.
Jean Piaget, o pioneiro na área de aprendizado revela:
"aprendizado baseado em mudança se constroe pela capacidade de migrar e mudar, de desenvolver novas habilidades e atitudes".
Trocando em miúdos, capacidade de adaptação, ou melhor definindo, aprender.
Assim, empresa bem sucedida é aquela que é capaz de aprender. Para isso, fundamentais são as pessoas, em todos os níveis da organização, afinal o conhecimento está na mente das pessoas, no seu comportamenteo e convívio. Mas nada disso emdetrimento do capital, pelo contrário. Sob a luz do aprendizado, o desenvolvimento de pessoas e o desenvolvimento do capital se reforçam mutuamente, na relação simbiótica profícua para o ambiente organizacional e para a economia.
Portanto, a transição entre a empresa econômica e a empresa que aprende, passa a ser o centro das questões gerenciais. 


A empresa, como organismo vivo, precisa aprender e depender de seus órgãos vitais, grupos de pessoas que adaptam e crrescem, aprendem e desenvolvem, interagem com o ambiente interno e externo de forma a criar uma atmosfera positiva para a concecução do processo produtivo e mercadológico. Ou alguém esquecera que o mercado está lá, aprendendo e mudando a todo o momento?

E definindo que o sucesso econômico reside, definitivamente, no sucesso do aprendizado.
Lições a aprender....

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